domingo, 12 de abril de 2009

X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL


É descoberta uma cura para os mutantes, que agora podem optar por manter seus poderes ou se tornarem seres humanos normais. A descoberta põe em campos opostos Magneto (Ian McKellen), que acredita que esta cura se tornará uma arma contra os mutantes, e os X-Men, liderados pelo professor Charles Xavier (Patrick Stewart).

COMENTARIO:

O tão aguardado terceiro capítulo de X-Men certamente empolgará aos fãs da série, mas também deixará, ao final, boa parte do público com uma sensação de vazio.
O motivo é que, como anunciado no título, os mutantes do bem e “do mal” desta vez realmente partem para a batalha e, como em toda guerra, há perdas para ambos os lados: não só alguns personagens morrem, como outros perdem seus poderes.
Portanto, apesar desta seqüência ter suas qualidades, vá para o cinema preparado para deixar a sala cabisbaixo. Dirigido por Brett Ratner (dos filmes “A Hora do Rush” e “Dragão Vermelho”) - já que Bryan Singer, diretor dos dois primeiros longas abandonou a cinessérie para cuidar de “Superman – O Retorno” - este terceiro X-Men capricha nas cenas de ação, mas sai perdendo em profundidade na comparação com o primeiro – e principalmente – com o segundo filme.
Falta a Ratner o carinho pelos personagens que sobrava em Singer, e isso fica nítido no roteiro mais raso e no pouco aproveitamento de alguns mutantes. Os esperados Fera e Anjo, por exemplo, têm muito pouco espaço na trama.
Além de não se aprofundar nos aspectos psicológicos dos X-Men, Ratner ainda inseriu no longa as desprezíveis frases de efeito dos filmes hollywoodianos, um recurso detonador de risos na platéia, mas que também ajuda a deixar o produto final com cara de enlatado.
Falhas à parte, o novo diretor consegue ao menos manter vivo o interesse da platéia desde a primeira cena, quando, rejuvenescidos digitalmente, Xavier (Patrick Stewart) e Magneto (Ian McKellen) visitam a casa da então garota Jean Grey para levá-la ao colégio de superdotados. Como se sabe, a heroína já adulta (interpretada por Famke Janssen) teve um fim trágico no segundo filme e, neste terceiro, renasce extremamentepoderosa e com personalidade dupla, dando vida à perigosa Fênix Negra.
Não bastasse ter de lidar com os perigos da segunda face de Jean, os X-Men são surpreendidos com uma intrigante novidade: uma substância criada pelo governo com o poder de “curar” mutações. A “cura” termina por causar uma nova – e definitiva - guerra entre os mutantes rivais. Enquanto o time de Charles Xavier renega a “cura”, mas respeita o direito de cada um de recorrer a ela ou não, o grupo liderado por Magneto acredita ser esta apenas mais uma manobra do governo para enfraquecer a raça e, então, liquidá-la.A trupe do mal decide, então, destruir o laboratório fabricante da substância e capturar o ser que possibilitou o seu surgimento. Naturalmente, a missão encontrará a resistência dos demais X-Men, desta vez liderados por Tempestade e Wolverine.
O ponto alto de X-Men III fica mesmo para os momentos finais, envolvendo batalhas entre os mutantes de ambos os lados e efeitos especiais que superam os dos filmes anteriores – com destaque para o arrancamento da Ponte Golden Gate, de San Francisco.
Ratner pode nunca alcançar o brilhantismo dos filmes anteriores de Singer, mas sem dúvida sabe conduzir bem as cenas de ação.

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